02 junho 2012

Dando um tempo aos clássicos


Já comentei aqui no blog que me sinto em dívida com os clássicos, pois não li TODOS(leia-se aqui a maioria) os livros considerados pela crítica literária como clássicos mundiais e brasileiros.
Resolvi, então, no mês de Maio/2012, aos livros, ditos clássicos, uma chance para diminuir esta minha lista de dívidas e para me embriagar mesmo!
São eles:

Moby Dick - Herman Melville
Agosto - Rubem Fonseca
Vidas Secas - Graciliano Ramos
Persuasão - Jane Austen
O Crime do Padre Amaro - Eça de Queiróz


Lógico que eu sei que nem todos clássicos são bons, ou melhor, nem todos clássicos são para mim, ou para você. Isso será também uma questão de gosto pessoal. Gostaria de ressaltar também que eu gosto da literatura "pop", que me surpreendo bastante com muitas destas leituras, mas uma grande parcela dela têm se tornado, pra mim, somente entretenimento. Ainda sobre os clássicos, tive algumas percepções nestas leituras no mês de Maio.

Foi uma ótima, uma sábia decisão, pois os clássicos, ao contrário do que muita gente pensa, não são chatos, eles são mais densos, eles trazem uma reflexão além da história. Eles não são sozinhos, sabe? Uma série de agregações qualitativas fazem parte do livro, e só te acrescentam em todos os aspectos. E o  mais legal disso tudo é que, os clássicos não te dão tudo de "mão beijada", você tem que conquistá-lo para que ele se revele, para que você visualize nas entrelinhas, o que aquele autor tem a te dizer com aquela história.

Percebi também que a famosa "ressaca literária" que muitos blogueiros ou leitores vorazes passam, está diretamente ligada à muita leitura de baixa qualidade, pois em nenhum momento me senti cansada ou enfadada com as leituras deste mês. O que não consegui foi ler 70/80 páginas por dia, como eu faço com os livros de literatura pop, pois os clássicos nos exigem mais. A leitura é um pouco mais gradativa, pois exige reflexão, palavra que, na prática, as pessoas não tem muita paciência para ela.

A visão de literatura hoje está sendo muito deturpada, assim como as demais artes, como cinema e teatro, por exemplo. A base é a palavra, o texto é importante, e mais tudo que ela pode proporcionar. A história tem que causar um estranhamento mesmo, sem ele você não reflete, aí é só mais uma leitura, como num filme que acaba e e você diz: "é...foi legal" e ponto.

4 comentários:

  1. Gostei de suas escolhas. EÇA é um deus, Graciliano se reinventa a cada obra e , de q forma, um clássico sempre acrescente, mesmo quando a gente odeia o cara!
    beijos.

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    1. Vivien,
      com certeza por isso a cada dia me apaixono por eles.
      bjs

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  2. Você disse tudo. Vejo um monte de lançamentos nas livrarias e parecem ser sempre a mesma coisa, o tema não varia, as capas são genéricas. É lógico que adoro uma obra recém-saída do forno, mas não dá para ler só um tipo de livro. Quer dizer, dá, mas qual o propósito? Aqueles livros que mais nos fazem sofrer, que nos deixam cansadas é que, por fim, ficarão marcados em nossas lembranças (para o bem ou para o mal).
    Os clássicos, sem dúvida, merecem uma chance.
    bjo!

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    1. Sim, Michelle. Tá cada dia mais dificil encontrar um livro atual bom! É um verdadeiro garimpo!
      Bjks

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