26 junho 2012

Lendo...

Aqui eu comento as minhas impressões sobre as leituras do momento. Sim, eu leio vários livros ao mesmo tempo! rs
 
Os filhos do Éden, Eduardo Sphor.
Editora. Verus. Pág.410

Estou no finzinho do livro, e impressionada com o autor! Gente ele é brasileiro, alouuuu? Brasileiro e super talentoso.
Kaira está liderando os anjos neste finalzinho, mas a pergunta que não me deixa calar: Ela e o tal anjo: vai rolar????

 
O sonho de Eva,  Chico Anes, 
Editora Novo Conceito Jovem. Pág. 135. 

To me enveredado por esta temática de sonhos, diferente de tudo que já li. Eva é uma mulher muito, muito forte, no lugar dela nao sei se conseguiria...
Quem são estas crianças gritando gente? 
Eles  não vão conseguir sair mesmo do instituto? Estão presos? Tensa.. 
Ensaio sobre a cegueira, José Saramago, 
Cia das Letras. Pág. 229

Meu Deus, este homem era um gênio realmente. Quando eu penso que a situação não pode ficar pior ele vai e me surpreende...Até onde o dito "ser humano" pode chegar quando se instaura o caos dentro de uma sociedade individualista e egoísta. O surto de cegueira na verdade é usado de maneira bem metafórica pra mostrar as mazelas do ser humano...estou chocada.


E vocês? O que estão lendo? Compartilhe também!!!


02 junho 2012

Dando um tempo aos clássicos


Já comentei aqui no blog que me sinto em dívida com os clássicos, pois não li TODOS(leia-se aqui a maioria) os livros considerados pela crítica literária como clássicos mundiais e brasileiros.
Resolvi, então, no mês de Maio/2012, aos livros, ditos clássicos, uma chance para diminuir esta minha lista de dívidas e para me embriagar mesmo!
São eles:

Moby Dick - Herman Melville
Agosto - Rubem Fonseca
Vidas Secas - Graciliano Ramos
Persuasão - Jane Austen
O Crime do Padre Amaro - Eça de Queiróz


Lógico que eu sei que nem todos clássicos são bons, ou melhor, nem todos clássicos são para mim, ou para você. Isso será também uma questão de gosto pessoal. Gostaria de ressaltar também que eu gosto da literatura "pop", que me surpreendo bastante com muitas destas leituras, mas uma grande parcela dela têm se tornado, pra mim, somente entretenimento. Ainda sobre os clássicos, tive algumas percepções nestas leituras no mês de Maio.

Foi uma ótima, uma sábia decisão, pois os clássicos, ao contrário do que muita gente pensa, não são chatos, eles são mais densos, eles trazem uma reflexão além da história. Eles não são sozinhos, sabe? Uma série de agregações qualitativas fazem parte do livro, e só te acrescentam em todos os aspectos. E o  mais legal disso tudo é que, os clássicos não te dão tudo de "mão beijada", você tem que conquistá-lo para que ele se revele, para que você visualize nas entrelinhas, o que aquele autor tem a te dizer com aquela história.

Percebi também que a famosa "ressaca literária" que muitos blogueiros ou leitores vorazes passam, está diretamente ligada à muita leitura de baixa qualidade, pois em nenhum momento me senti cansada ou enfadada com as leituras deste mês. O que não consegui foi ler 70/80 páginas por dia, como eu faço com os livros de literatura pop, pois os clássicos nos exigem mais. A leitura é um pouco mais gradativa, pois exige reflexão, palavra que, na prática, as pessoas não tem muita paciência para ela.

A visão de literatura hoje está sendo muito deturpada, assim como as demais artes, como cinema e teatro, por exemplo. A base é a palavra, o texto é importante, e mais tudo que ela pode proporcionar. A história tem que causar um estranhamento mesmo, sem ele você não reflete, aí é só mais uma leitura, como num filme que acaba e e você diz: "é...foi legal" e ponto.

01 junho 2012

Resenha: Terra Ardente, Janice Diniz

O livro Terra Ardente, de Janice Diniz, vai tratar um assunto, até então pra mim novo na literatura contemporânea. O movimento de uma cidade do interior do centro-oeste do país, Matarana, onde as leis feitas pelos homens são outras, traduzindo, um faroeste moderno, como a própria contracapa do livro o intitula. 
O livro chegou através de um book tour coordenado pela própria autora, onde vários blogueiros tiveram a oportunidade de ler e resenhar este livro.


A história começa em torno de Karen, uma mulher forte, mãe solteira, que cuida também da avó e que um relacionamento amoroso muito complicado com Talles, um fazendeiro poderoso. Com o fim do "namoro" Talles irá tornar a vida de Karen cada dia mais difícil, ameaçando inclusive lhe tirar sua própria e única fonte de renda, condomínio.
O delegado Rodrigo, amigo de Karen, é quase um xerife mesmo do velho oeste. Acredita na justiça, mas muitas vezes precisar além dela para por ordem em Matarana.  As famílias e pessoas que chegaram primeiro à localidade sentem-se donos do lugar, por este motivo, existe uma grande hostilidade à quem chegou depois, estes são chamados por eles de forasteiros.
Nesta diferente história também encontramos os amigos Nova Monteiro e o médico Cris. Ambos abandonaram o sudeste para tentar uma nova vida no interior do país. Um amor que tem tudo para não se concretizar. Matarana, a cidade das aparências, onde nem sempre o mocinho é bom e o vilão, mau. Um faroeste moderno com mulheres fortes, homens destemidos, pistoleiros, matadores de aluguel e paixões devastadoras. 

Fiquei muito apaixonada pela história, mas principalmente pelas mulheres desta cidade. São mulheres comuns, mas fortes. A autora construiu as personagens femininas de forma que nos identificamos, e por tabela, torcemos por elas, pelo seu sucesso, pelo rumo que suas vidas irão tomar. Já os homens são totalmente únicos, cada um deles, o que faz com que nos apaixonemos por eles, um por vez, né?rs 
Uma série de conflitos envolvendo estes personagens irão fundir a cabeça do leitor, a cada momento temos a mescla de ternura e tensão. A grande jogada do livro é realmente a superação de cada personagem e a denúncia do que ocorre até os dias de hoje no interior do país, sendo ele centro-oeste ou não.
Adorei ter feito esta viagem à Matarana e conhecer uma parte histórica que não nos é contada nas escolas, não desta forma.

Sobre a autora:
Janice Diniz nasceu em Porto Alegre. Estudou Filosofia e Letras. Em 2008, o conto "Não encontrei linha de costura nas Lojas Americanas" venceu concurso Exercícios Urbanos, Portal Literal. Ligações da Rua é o seu primeiro livro, publicado em 2009. Colaborou com textos curtos para as revistas Paralelo 30, Storm Magazine (Europa), Germina e Novas Visões de São Paulo. Passou a adolescência em Santa Luzia (MG) e Osasco (SP). Teve filho em Manaus (AM) e viveu em Sorriso (MT). Por enquanto, mora em Porto Alegre com seus dois filhos, Matheus e Karla. 
 
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Blog do livro: http://terraardenteolivro.blogspot.com.br/

Sobre o livro:  
Páginas: 286
Ano: 2011
Editora: Multifoco